domingo, 28 de abril de 2013

Interpretação de Texto I

Olá, moçada do C.E.W.O!

Devido às dificuldades encontradas no Saerjinho para interpretar textos, estou disponibilizando a partir de hoje algumas questões do banco de dados do próprio Saerjinho correspondentes às seguintes habilidades exigidas:

  • H01 - Localizar informações explícitas em um texto.
  • H02 - Inferir sentido de palavra ou expressão.
  • H06 - Interpretar com auxílio de material gráfico diverso (propagandas, quadrinhos, fotos, etc.)
Façam os exercícios e corrigiremos juntos em sala na próxima aula (05/05/2013).
Atenção! NÃO VALE PONTO! Estas atividades são para auxiliar vocês nas próximas avaliações, já que o peso delas é 10,0 pontos agora!!!
Então, cliquem no link abaixo e divirtam-se! É o que tem prá hoje!


Um forte abraço, 

Ana Paula.

quinta-feira, 18 de abril de 2013


O angu poético de Oswald de Andrade
Luiz Henrique Gurgel
Exportar poesia. Poesia Pau-Brasil. No dia 18 de março de 1924, Oswald de Andrade, um dos mentores do modernismo brasileiro, lança no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, o Manifesto Pau-Brasil, ideário daquilo que o escritor entendia por poesia brasileira.
A poesia existe nos fatos, diz o manifesto. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. 

O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica.
Tal como aquela madeira, nosso primeiro produto de exportação e primeiro sinal de existência do Brasil para o mundo, Oswald propõe sinalizar o país com uma poesia renovadora, solta dos modelos poéticos importados do século 19, capaz de captar nossa originalidade nativa: a língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Ele embaralhava e confundia as noções de nacional e cosmopolita, primitivo e moderno, vanguarda e tradição:

Temos a base dupla presente – a floresta e a escola. (...)
Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá” e de equações. (...)
Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a sábia preguiça solar.
Monteiro Lobato chamou isso de “processo de atrapalhação”. Para ele, Oswald fazia um “angu completo dos valores e regras universalmente aceitas”.
Oswald não exigia fórmulas estéticas para nossa poesia, só propunha uma poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. Não se trata de nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. É apenas ver com olhos livres.
O manifesto chacoalhou a literatura brasileira.

Para quem quiser ler a íntegra do Manifesto da Poesia Pau-Brasil  e do Manifesto Antropófago, também de Oswald de Andrade, acesse: