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terça-feira, 15 de abril de 2014

Modernismo _ 2ª Fase

A literatura quase sempre privilegia o romance quando quer retratar a realidade, analisando ou denunciando-a.

O Brasil e o mundo viveram profundas crises nas décadas de 1930 e 40, nesse momento o romance brasileiro se destaca, pois se coloca a serviço da análise crítica da realidade.
O quadro social, econômico e político que se verificava no Brasil e no mundo no início da década de 1930 – o nazifascismo, a crise da Bolsa de Nova Iorque, a crise cafeeira, o combate ao socialismo – exigia dos artistas uma nova postura diante da realidade, nova posição ideológica.

Na prosa, foi evidente o interesse por temas nacionais, uma linguagem mais brasileira, com um enfoque mais direto dos fatos marcados pelo Realismo – Naturalismo do século XIX.
O romance focou o regionalismo, principalmente o nordestino, onde problemas como a seca, a migração, os problemas do trabalhador rural, a miséria, a ignorância foram ressaltados.
Além do regionalismo, destacaram-se também outras temáticas, surgiu o romance urbano e psicológico, o romance poético-metafísico e a narrativa surrealista.

A poesia da 2ª fase modernista percorreu um caminho de amadurecimento. No aspecto formal, o verso livre foi o melhor recurso para exprimir sensibilidade do novo tempo, se caracteriza como uma poesia de questionamento: da existência humana, do sentimento de “estar-no-mundo”, inquietação social, religiosa, filosófica e amorosa.

Dentre os muitos poetas e escritores dessa fase destacamos:

Na prosa:
- Graciliano Ramos
- Rachel de Queiros
- Jorge Amado
- José Lins do Rego
- Érico Veríssimo
- Dionélio Machado

Na poesia

- Carlos Drummond de Andrade
- Murilo Mendes
- Jorge de Lima
- Cecília Meireles
- Vinícius de Morais.

Por Marina Cabral
Especialista em Língua Portuguesa e Literatura

Fonte: http://www.brasilescola.com/literatura/o-modernismo-no-brasil2-fase.htm

Então, para complementar nossos estudos, aqui estão algumas obras baseadas nos escritores dessa época. A primeira é o filme Capitães de Areia, baseado na obra de Jorge Amado. A segunda é também o filme Orfeu, inspirado na peça Orfeu da Conceição de Vinícius de Moraes. Os dois últimos são dois audiobooks: O Quinze, de Raquel de Queiroz e Carlos Drummond de Andrade _ Antologias Poéticas, na própria voz do autor (baseado nos estudos da professora Clirian Alqueres).








Arquivos em MP3:


terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

O Modernismo no Brasil


O Modernismo foi criado no período compreendido entre 1922 a 1930 e teve início com o marco da Semana de Arte Moderna em fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo e pretendia fazer com que a população, de modo geral, tomasse consciência da realidade brasileira. Este movimento cultural foi idealizado e liderado por um grupo de artistas chamado Grupo dos Cinco, integrado pelos escritores Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti Del Picchia e pela pintoras Tarsila do Amaral e Anita Malfatti, além de contar com vária participações artísticas.
É considerado um movimento não só artístico como também político e social, já que se opunha à política totalitária da época, bem como da contradição social entre os proletários e imigrantes e as oligarquias rurais.

(Fonte: http://www.mundoeducacao.com/literatura/modernismoprimeiro-fase-literaria.htm)

Para nossos estudos deste bimestre, estão aquios seguintes links:

O livro Macunaíma, o heroi sem nenhum caráter de Mário de Andrade conta a história de um índio que representa o povo brasileiro, mostrando a atração pela cidade grande de São Paulo e pela máquina.

(Clique na imagem para baixar o livro)

Pagu


Patrícia Rehder Galvão, conhecida pelo pseudônimo de Pagu, foi uma escritora, poeta, diretora de teatro, tradutora, desenhista e jornalista brasileira. Teve grande destaque no movimento modernista iniciado em 1922, embora não tivesse participado da Semana de Arte Moderna, tendo na época apenas doze anos de idade. 
Militante comunista, foi a primeira mulher presa no Brasil por motivações políticas.

Assistam ao filme Eternamente Pagu estrelado em 1987 por Norma Bengell e depois ao clipe da música Pagu, cantada por Rita Lee e Zélia Duncan. Trace um paralelo entre o filme e a música fazendo uma análise crítica sobre ambos.






Bom trabalho!

quinta-feira, 18 de abril de 2013


O angu poético de Oswald de Andrade
Luiz Henrique Gurgel
Exportar poesia. Poesia Pau-Brasil. No dia 18 de março de 1924, Oswald de Andrade, um dos mentores do modernismo brasileiro, lança no jornal Correio da Manhã, do Rio de Janeiro, o Manifesto Pau-Brasil, ideário daquilo que o escritor entendia por poesia brasileira.
A poesia existe nos fatos, diz o manifesto. Os casebres de açafrão e de ocre nos verdes da Favela, sob o azul cabralino, são fatos estéticos. 

O Carnaval no Rio é o acontecimento religioso da raça. Pau-Brasil. Wagner submerge ante os cordões de Botafogo. Bárbaro e nosso. A formação étnica rica.
Tal como aquela madeira, nosso primeiro produto de exportação e primeiro sinal de existência do Brasil para o mundo, Oswald propõe sinalizar o país com uma poesia renovadora, solta dos modelos poéticos importados do século 19, capaz de captar nossa originalidade nativa: a língua sem arcaísmos, sem erudição. Natural e neológica. A contribuição milionária de todos os erros. Como falamos. Como somos.
Ele embaralhava e confundia as noções de nacional e cosmopolita, primitivo e moderno, vanguarda e tradição:

Temos a base dupla presente – a floresta e a escola. (...)
Um misto de “dorme nenê que o bicho vem pegá” e de equações. (...)
Obuses de elevadores, cubos de arranha-céus e a sábia preguiça solar.
Monteiro Lobato chamou isso de “processo de atrapalhação”. Para ele, Oswald fazia um “angu completo dos valores e regras universalmente aceitas”.
Oswald não exigia fórmulas estéticas para nossa poesia, só propunha uma poesia Pau-Brasil. Ágil e cândida. Como uma criança. Não se trata de nenhuma fórmula para a contemporânea expressão do mundo. É apenas ver com olhos livres.
O manifesto chacoalhou a literatura brasileira.

Para quem quiser ler a íntegra do Manifesto da Poesia Pau-Brasil  e do Manifesto Antropófago, também de Oswald de Andrade, acesse: