sexta-feira, 30 de maio de 2014

Revisão para a Prova

Desculpem-me a demora, mas não foi possível publicar a revisão ontem.
Então, façam até a página 27. Publicarei o gabarito na próxima quarta-feira.

Revisão 2º Bimestre.

Beijos.

Exercício Avaliativo

Moçada do CEWO,

para quem faltou minha aula da última segunda-feira (26/05/14), aqui está o exercício avaliativo.
Entreguem-me suas respostas em folha separada na próxima segunda (02/05/14) na sala dos professores.

Beijos!

Exercício Avaliativo.

terça-feira, 6 de maio de 2014

Estereótipo e Ideologia

ESTEREÓTIPO

                Pode-se definir estereótipo como sendo generalizações, ou pressupostos, que as pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele), roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar certos impactos negativos nas pessoas.
                Em alguns casos idéias estereotipadas são bem vindas como, por exemplo, a frase "Brasil, o país do futebol". Esta frase demonstra a paixão que os brasileiros têm em relação ao futebol. Obviamente, que existem brasileiros que não gostam de futebol, porém é uma idéia estereotipada que não causa impactos negativos. No entanto, existem idéias estereotipadas sobre outras nações que são preconceituosas, como por exemplo, afirmar que "o Paquistão é o país dos homens bomba". Essa generalização não é vista com bons olhos pelos paquistaneses, uma vez que a maioria dos habitantes que vivem lá é contra o terrorismo. O fato é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob a influência dos pais, familiares, amigos, professores e através da mídia. E quando um estereótipo é aprendido e armazenado no cérebro, a tendência é que seja passado para outras pessoas.

Podemos classificar os estereótipos em:

· Estereótipos de gênero: São estereótipos direcionados ao gênero masculino e feminino. Antigamente ouvia-se muito que o papel da mulher era casar e ter filhos e o homem era visto como o provedor financeiro e tinha que focar em sua carreira. Hoje estes estereótipos já não são tão predominantes como era há alguns anos atrás. Felizmente a mulher conquistou seu espaço no mercado de trabalho, e consegue fazer perfeitamente o seu papel de cuidar dos filhos e da casa, como também cuidar de sua carreira profissional. Os homens hoje, também não são tão cobrados na questão financeira, uma vez que suas parceiras ajudam nas despesas, e são ótimos auxiliares na arrumação da casa. Outros estereótipos de gêneros muito comuns são aqueles que dizem que as mulheres são melhores para cozinhar do que os homens. No entanto, os melhores chefes de cozinha do mundo são homens. Há ainda aqueles estereótipos que dizem que "os homens fazem sexo e as mulheres fazem amor”, "mulher no volante perigo constante", e outros estereótipos que estão associados ao preconceito.
· Estereótipos raciais e étnicos: São estereótipos direcionados a diferentes etnias e raças. Nesta categoria existem muitos estereótipos preconceituosos como aqueles que dizem "os colombianos são traficantes", "os mulçumanos são terroristas", "os índios são violentos", "todos os alemães são prepotentes", "os portugueses são burros" e outros menos impactantes como "angolanos são os melhores corredores do mundo", "os negros são melhores no basquete". Neste tipo de estereótipo ainda incluem aqueles relacionados ao racismo que é o tipo de preconceito mais freqüente em nosso país.
· Estereótipos sócio-econômicos: São estereótipos relacionados com a questão financeira de indivíduos e grupo de indivíduos. Exemplos: "Os mendigos são mendigos por opção", "os sem-terra são preguiçosos", "patricinhas são mesquinhas", entre outros.
· Existem também estereótipos no meio profissional, direcionados a certas profissões, estereótipos em relação à opção sexual (gays, lésbicas e bissexuais), estereótipos no mundo da estética, e ainda aqueles muito comuns em escolas como os "nerds", que são alunos que se destacam pela sua inteligência e pelo seu jeito introvertido.

Referências Bibliográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estere%C3%B3tipo
http://www.babyboomercaretaker.com/Portuguese/elderly-law/age-discrimination/stereotype/Example-Of-Stereotype.html
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212064_04_cap_02.pdf
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm
Fonte: http://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/

IDEOLOGIA

                Durante a história da Filosofia, muitos foram os autores que trabalharam com a noção de Ideia como sendo a base do pensamento e do conhecimento. Assim, Platão pensava, como Parmênides, que a ideia era o ser em si, a coisa mesma que mantém identidade consigo mesma, não muda, não se altera e permanece no tempo como sendo sempre a mesma. Mais tarde, já na Renascença, Descartes compreendeu as ideias como fundamento inteligível que era a base de toda cognoscibilidade. Já Kant entendia por ideia tudo aquilo que a Razão poderia pensar, mas jamais conhecer, como Deus, Alma e Mundo. Hegel pensava a ideia como o infinito.
                No entanto, para Karl Marx, ideias são valores que os homens criam segundo as suas condições materiais de existência. E esses valores são criados com um fim bem específico, que não é o de explicar a realidade, mas manter o status da propriedade privada e dos donos dos meios de produção. Daí deriva a noção de Ideologia.
                Segundo essa forma de pensar, a realidade é constituída por uma luta de classes, causada pela divisão social do trabalho. As classes em conflito são as dos proprietários dos meios de produção e dos proletários, desprovidos de propriedade. Assim, para amenizar o conflito e manter o controle sobre a classe dominada, a classe dominante cria instâncias psicológicas, valores e ideias que procuram manter o seu objetivo. O capital, oriundo da propriedade privada, necessita de mão de obra para continuar existindo, logo, os discursos são moldados segundo a visão daqueles que percebem a necessidade de perpetuar o esquema de dominação. A ideologia é uma forma de mascarar ou ocultar as contradições sociais e a dominação, invertendo o modo de processar o pensamento sobre algumas realidades. Por exemplo, tem-se no senso comum a crença de que a mulher é o sexo frágil, assim se estabelece que sua estrutura física é mais sensitiva, intuitiva, do que a do homem e que portanto ela foi feita para a vida doméstica, os cuidados com o marido e os filhos. É um modo de explicar a feminilidade pela função social. Ora, tal discurso foi elaborado em época em que os homens em guerra precisam de filhos para suprir o pai, princípio de autoridade, bem como de mão de obra, como dito acima. Assim, a sexualidade é explicada a partir de uma finalidade historicamente determinada, por condições sociais bem localizadas no tempo e no espaço.
                Outro exemplo é a noção de liberdade e cidadania quando se concede o direito ao voto a todos os habitantes. Ora, liberdade implica em responsabilidade, fiscalização, compromisso político, constante observância das regras sociais e não apenas o direito de sair bonito na boca de urna. Ocorre algo semelhante quando se confunde liberdade com consumo (basta ver as propagandas na TV em que a noção de liberdade está atrelada ao fato de se comprar um produto que irá proporcionar essa liberdade). E uma série de outras questões (homossexualismo como doença, virgindade e casamento como valores que asseguram a transmissão da propriedade, etc.).
                A ideologia é, portanto, uma forma de produção do imaginário social que corresponde aos anseios da classe dominante como meio mais eficaz de controle social e de amenizar os conflitos de classe, seja invertendo a noção de causa e efeito, seja silenciando questões que por isso mesmo impedem a tomada de consciência do trabalhador de sua condição histórica, “formando ideias falsas sobre si mesmo, sobre o que é ou o que deveria ser”.

Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual de Campinas - UNICAMP


Fonte: http://www.brasilescola.com/filosofia/ideologia.htm


Neologismo

NEOLOGISMO

                O próprio significado da palavra neologismo o define: nova palavra. Os neologismos são muito comuns na mídia e também com os recém-chegados como, por exemplo, a internet. Nesta, encontramos vários termos que acabaram se tornando cotidianos em nosso vocabular: deletar, printar, escanear, mouse, site e etc.
                Esses termos surgem como um modo de suprir uma necessidade vocabular momentânea, transitória ou permanente.
Momentânea: surge bruscamente em um diálogo entre amigos. Pode até ter uma repercussão maior, mas acaba sendo esquecida com o tempo: somatoriar.
                Transitória: aparece em um determinado grupo e se espalha para os demais. Pode tanto ser esquecida, como pode se tornar parte do vocabulário da língua: mensalão.
                Permanente: surge rapidamente, mas por ser muito utilizada, acaba por se estabelecer de vez no idioma e se tornar parte do léxico: deletar.
                Geralmente, os neologismos são criados a partir de processos que já existem na língua: justaposição, prefixação, aglutinação e sufixação.
                Podemos dizer que neologismo é toda palavra que não existia e passou a existir, independente do tempo de vida.
                Pode ser ainda a aquisição de palavras pertencentes à outra língua, como em alguns dos termos na informática, já citados acima. Ainda pode ser um novo sentido que damos a termos já existentes, como por exemplo, a palavra burro, que ganhou novo significado: pessoa que não é inteligente!
                O neologismo está presente na representação de sons (puf!, Vrum!, miar, piar, tibum, chuá, cataplaft, etc) e na linguagem do msn (blz, flw, t+, qq, vc, ker, abc, xau, bju, etc).
                Nesta última, até mesmo os próprios símbolos são neologismos, uma vez que estes representam a linguagem não verbal e são considerados como parte da língua: =) (feliz), =( (triste).
                Nós, como falantes, sentimos necessidade em criar e recriar palavras e sentidos, pois a língua é viva e apresenta muitas possibilidades de transformações, inovações.
                Um exemplo muito citado de neologismo está no poema de Manuel Bandeira que possui este mesmo título:

Beijo pouco, falo menos ainda.
Mas invento palavras
Que traduzem a ternura mais funda
E mais cotidiana.
Inventei, por exemplo, o verbo teadorar.
Intransitivo:
Teadoro, Teodora.

Por Sabrina Vilarinho
Graduada em Letras
Equipe Brasil Escola

Fonte: http://www.brasilescola.com/portugues/neologismo.htm

Leia o poema abaixo de Millor Fernandes:

"Aquele rapazinho escreveu esta carta para o irmão:

Querido mano,
Anteontem futebolei bastante com uns amigos. Depois cigarrei um pouco e nos divertimos montanhando, até que o dia anoiteceu. Então desmontanhamos, nos amesamos, sopamos, arrozamos, bifamos, ensopadamos e cafezamos. Em seguida, varandamos. No dia seguinte, cavalamos muito.
Abraços do irmão,

Maninho

O irmão respondeu:

Maninho,
Ontem livrei-me pela manhã, à tarde cinemei e à noite, com papai e mamãe, teatramos. Hoje colegiei, ao meio dia me leitei e às três papelei-me e canetei-me para escriturar-te. E paragrafarei finalmente aqui porque é hora de adeusar-te, pois ainda tenho que correiar esta carta para ti e os relógios já estão cincando.
De teu irmão,
Fratelo"

Após a leitura, responda às seguintes perguntas:

1. O que você percebe de diferente nesse poema?
2. Por que existe essa diferenciação, ou seja, o autor teve algum objetivo ao proceder dessa forma; qual a motivação? Levantem hipóteses.
3. Os irmãos se comunicam de forma diferenciada. Quais palavras marcam essa diferenciação?
4. Qual é a classe gramatical dessas palavras novas?
5. Reescreva as cartas usando somente palavras conhecidas.

Fonte: http://portaldoprofessor.mec.gov.br/fichaTecnicaAula.html?aula=27394