ESTEREÓTIPO
Pode-se
definir estereótipo como sendo generalizações, ou pressupostos, que as
pessoas fazem sobre as características ou comportamentos de grupos sociais
específicos ou tipos de indivíduos. O estereótipo é geralmente imposto, segundo
as características externas, tais como a aparência (cabelos, olhos, pele),
roupas, condição financeira, comportamentos, cultura, sexualidade, sendo estas
classificações (rotulagens) nem sempre positivas que podem muitas vezes causar
certos impactos negativos nas pessoas.
Em alguns casos idéias
estereotipadas são bem vindas como, por exemplo, a frase "Brasil, o país
do futebol". Esta frase demonstra a paixão que os brasileiros têm em
relação ao futebol. Obviamente, que existem brasileiros que não gostam de
futebol, porém é uma idéia estereotipada que não causa impactos negativos. No
entanto, existem idéias estereotipadas sobre outras nações que são
preconceituosas, como por exemplo, afirmar que "o Paquistão é o país dos
homens bomba". Essa generalização não é vista com bons olhos pelos paquistaneses,
uma vez que a maioria dos habitantes que vivem lá é contra o terrorismo. O fato
é que muitos estereótipos são geralmente adquiridos na infância sob a
influência dos pais, familiares, amigos, professores e através da mídia. E
quando um estereótipo é aprendido e armazenado no cérebro, a tendência é que
seja passado para outras pessoas.
Podemos
classificar os estereótipos em:
· Estereótipos de gênero: São
estereótipos direcionados ao gênero masculino e feminino. Antigamente ouvia-se
muito que o papel da mulher era casar e ter filhos e o homem era visto como o
provedor financeiro e tinha que focar em sua carreira. Hoje estes estereótipos
já não são tão predominantes como era há alguns anos atrás. Felizmente a mulher
conquistou seu espaço no mercado de trabalho, e consegue fazer perfeitamente o
seu papel de cuidar dos filhos e da casa, como também cuidar de sua carreira
profissional. Os homens hoje, também não são tão cobrados na questão
financeira, uma vez que suas parceiras ajudam nas despesas, e são ótimos
auxiliares na arrumação da casa. Outros estereótipos de gêneros muito comuns
são aqueles que dizem que as mulheres são melhores para cozinhar do que os
homens. No entanto, os melhores chefes de cozinha do mundo são homens. Há ainda
aqueles estereótipos que dizem que "os homens fazem sexo e as mulheres
fazem amor”, "mulher no volante perigo constante", e outros
estereótipos que estão associados ao preconceito.
· Estereótipos raciais e étnicos: São
estereótipos direcionados a diferentes etnias e raças. Nesta categoria existem
muitos estereótipos preconceituosos como aqueles que dizem "os colombianos
são traficantes", "os mulçumanos são terroristas", "os índios
são violentos", "todos os alemães são prepotentes", "os
portugueses são burros" e outros menos impactantes como "angolanos
são os melhores corredores do mundo", "os negros são melhores no
basquete". Neste tipo de estereótipo ainda incluem aqueles relacionados ao
racismo que é o tipo de preconceito mais freqüente em nosso país.
· Estereótipos sócio-econômicos: São
estereótipos relacionados com a questão financeira de indivíduos e grupo de
indivíduos. Exemplos: "Os mendigos são mendigos por opção", "os
sem-terra são preguiçosos", "patricinhas são mesquinhas", entre
outros.
· Existem
também estereótipos no meio profissional, direcionados a certas profissões,
estereótipos em relação à opção sexual (gays, lésbicas e bissexuais),
estereótipos no mundo da estética, e ainda aqueles muito comuns em escolas como
os "nerds", que são alunos que se destacam pela sua inteligência e
pelo seu jeito introvertido.
Referências Bibliográficas:
http://pt.wikipedia.org/wiki/Estere%C3%B3tipo
http://www.babyboomercaretaker.com/Portuguese/elderly-law/age-discrimination/stereotype/Example-Of-Stereotype.html
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212064_04_cap_02.pdf
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm
http://www.babyboomercaretaker.com/Portuguese/elderly-law/age-discrimination/stereotype/Example-Of-Stereotype.html
http://www2.dbd.puc-rio.br/pergamum/tesesabertas/0212064_04_cap_02.pdf
http://educacao.uol.com.br/filosofia/ult3323u16.jhtm
Fonte: http://www.infoescola.com/sociologia/estereotipo/
IDEOLOGIA
Durante a história
da Filosofia, muitos foram os autores que trabalharam com a noção de Ideia como
sendo a base do pensamento e do conhecimento. Assim, Platão pensava, como
Parmênides, que a ideia era o ser em si, a coisa mesma que mantém identidade
consigo mesma, não muda, não se altera e permanece no tempo como sendo sempre a
mesma. Mais tarde, já na Renascença, Descartes compreendeu as ideias como
fundamento inteligível que era a base de toda cognoscibilidade. Já Kant
entendia por ideia tudo aquilo que a Razão poderia pensar, mas jamais conhecer,
como Deus, Alma e Mundo. Hegel pensava a ideia como o infinito.
No entanto, para
Karl Marx, ideias são valores que os homens criam segundo as suas condições
materiais de existência. E esses valores são criados com um fim bem específico,
que não é o de explicar a realidade, mas manter o status da propriedade privada
e dos donos dos meios de produção. Daí deriva a noção de Ideologia.
Segundo essa forma
de pensar, a realidade é constituída por uma luta de classes, causada pela
divisão social do trabalho. As classes em conflito são as dos proprietários dos
meios de produção e dos proletários, desprovidos de propriedade. Assim, para
amenizar o conflito e manter o controle sobre a classe dominada, a classe
dominante cria instâncias psicológicas, valores e ideias que procuram manter o
seu objetivo. O capital, oriundo da propriedade privada, necessita de mão de
obra para continuar existindo, logo, os discursos são moldados segundo a visão
daqueles que percebem a necessidade de perpetuar o esquema de dominação. A
ideologia é uma forma de mascarar ou ocultar as contradições sociais e a
dominação, invertendo o modo de processar o pensamento sobre algumas
realidades. Por exemplo, tem-se no senso comum a crença de que a mulher é o
sexo frágil, assim se estabelece que sua estrutura física é mais sensitiva,
intuitiva, do que a do homem e que portanto ela foi feita para a vida
doméstica, os cuidados com o marido e os filhos. É um modo de explicar a
feminilidade pela função social. Ora, tal discurso foi elaborado em época em
que os homens em guerra precisam de filhos para suprir o pai, princípio de
autoridade, bem como de mão de obra, como dito acima. Assim, a sexualidade é
explicada a partir de uma finalidade historicamente determinada, por condições
sociais bem localizadas no tempo e no espaço.
Outro exemplo é a
noção de liberdade e cidadania quando se concede o direito ao voto a todos os
habitantes. Ora, liberdade implica em responsabilidade, fiscalização,
compromisso político, constante observância das regras sociais e não apenas o
direito de sair bonito na boca de urna. Ocorre algo semelhante quando se
confunde liberdade com consumo (basta ver as propagandas na TV em que a noção
de liberdade está atrelada ao fato de se comprar um produto que irá
proporcionar essa liberdade). E uma série de outras questões (homossexualismo
como doença, virgindade e casamento como valores que asseguram a transmissão da
propriedade, etc.).
A ideologia é,
portanto, uma forma de produção do imaginário social que corresponde aos
anseios da classe dominante como meio mais eficaz de controle social e de
amenizar os conflitos de classe, seja invertendo a noção de causa e efeito,
seja silenciando questões que por isso mesmo impedem a tomada de consciência do
trabalhador de sua condição histórica, “formando ideias falsas sobre si mesmo,
sobre o que é ou o que deveria ser”.
Por João Francisco P. Cabral
Colaborador Brasil Escola
Graduado em Filosofia pela Universidade Federal de
Uberlândia - UFU
Mestrando em Filosofia pela Universidade Estadual
de Campinas - UNICAMP
Fonte:
http://www.brasilescola.com/filosofia/ideologia.htm
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